





Dia 2
O segundo dia do nosso roteiro teve início no famoso mercado da cidade, o Naschmarkt, conhecido pela variedade de produtos frescos, gastronomia diversa e atmosfera vibrante. Seguímos em direção ao MuseumsQuartier (MQ), um dos maiores e mais inovadores complexos de arte e cultura do mundo, que abriga uma variedade de museus, galerias, teatros e espaços culturais que atendem a diferentes gostos artísticos e faixas etárias.
Ao continuarmos a nossa caminhada entrámos no Bairro Spittelberg, conhecido por ter um ambiente boémio e artístico, com ruas estreitas e pitorescas de paralelepípedos. É também um destino popular reconhecido pelas suas pequenas galerias, cafés acolhedores e vistosas boutiques.
Passámos pelo Volkstheater, um teatro bastante importante da história e da vida cultural vienense, com uma programação que vai desde clássicos da literatura teatral até peças contemporâneas e produções inovadoras. A fachada do Justizpalast captou a nossa atenção, sendo um dos edifícios historicamente significativos da cidade, servindo como sede do Supremo Tribunal da Áustria e de outras instituições judiciais.
Fomos de seguida para a Maria-Theresien-Platz, uma praça majestosa e harmoniosa, situada entre dois edifícios simétricos: o Museu de História da Arte e o Museu de História Natural. A praça é marcada pelo seu vasto espaço aberto, jardins organizados e caminhos que guiam os visitantes até ao centro, onde está a monumental Estátua da Imperatriz Maria Teresa, que homenageia uma das figuras mais importantes da história austríaca.
Numa curta caminhada encontrámos a Porta do Castelo, a Burgtor, que nos permitiu a entrada num complexo imperial, o Palácio Hofburg, composto por várias alas e praças, cada uma delas com uma função histórica e distinta. Das principais áreas destacam-se a Michaelerplatz repleta de esculturas que representam a glória dos Habsburgos, a Heldenplatz, uma ampla praça onde se encontram estátuas equestres de heróis austríacos, o Museu Sisi que oferece uma visão da vida e personalidade da imperatriz e a Biblioteca Nacional Austríaca, com milhares de livros antigos e um magnífico salão de leitura. Assim, o Hofburg é mais do que uma antiga residência real, é um verdadeiro monumento da história austríaca e um dos locais mais visitados de Viena, encapsulando séculos de cultura, poder e beleza arquitetónica.
Terminámos este dia no Palácio Ferstel, conhecido como o local que abriga a elegante Ferstel Passage, uma galeria coberta com lojas sofisticadas e o famoso Café Central, um dos pontos de encontro mais característico.



Dia 3
Iniciámos o terceiro dia pela emblemática Ringstrasse, esta boulevard circunda o centro histórico e exibe uma elegante coleção de edifícios históricos e culturais. Dos marcos mais notáveis, destacamos a Ópera Estatal de Viena, com uma fachada impressionante e um interior ricamente decorado, os Museus de História da Arte e de História Natural, localizados frente um ao outro e com importantes coleções de arte e ciência, o Parlamento Austríaco, que se destaca pela fonte da deusa Atena que simboliza a democracia e a sabedoria, a Rathaus, que alberga a câmara municipal e eventos culturais na sua praça vibrante, o Burgtheater, um dos teatros mais importantes da Europa, que acolhe apresentações de alto nível e por fim a Universidade de Viena, que é o campus mais importante para os estudantes.
A Ringstrasse também é cercada de espaços verdes, como o Stadtpark, famoso pelo monumento ao compositor Johann Strauss, e o Volksgarten, onde se encontram belas estátuas e o Templo de Teseu.
Seguimos pela Rua Grabenstraße, uma área comercial de luxo que nos levou a uma das praças mais célebre, a Stephansplatz, dominada pela magnífica Catedral de Santo Estêvão, um marco gótico onde a torre constituinte oferece admiráveis vistas panorâmicas. A praça é um ponto de encontro, por si só, movimentado, mas neste dia estava particularmente preenchida de jovens. Estavam previstas as atuações da Taylor Swift nestes dias em Viena, mas foram canceladas devido à ameaça de um ataque terrorista. Apesar da suspensão dos eventos, vários fãs estavam ali concentrados e organizaram um flashmob onde cantaram sucessos da cantora como forma de celebrar o amor pela artista e pela música. Apesar de não sermos apreciadores da "febre Swiftie", respeitámos e presenciámos o momento.
Decididos a fugir da multidão, fomos ao encontro do Danúbio e encontrámos a Hundertwasserhaus. Esta obra-prima é famosa pelas suas formas onduladas, fachadas coloridas e integração harmoniosa da natureza, incluindo árvores que crescem nos terraços e varandas. O edifício é uma residência privada, pelo que não pode ser visitado internamente, mas atrai muitos turistas que admiram a sua estética única. É possível explorar o Hundertwasser Village, situado em frente, que apresenta lojas, cafés e exemplos do estilo distinto do artista. Para quem deseja aprofundar-se na obra de Hundertwasser, nas proximidades, o Kunst Haus Wien exibe uma coleção extensa dos seus trabalhos e explora a sua visão artística e ambientalista.
Terminámos o dia no Parque Prater, uma das atrações mais versáteis da cidade, sendo conhecida pela mistura de espaços verdes e o animado parque de diversões Wurstelprater, onde se destaca a Roda Gigante.
A capital da Áustria é como uma melodia eterna, uma cidade onde o passado e o presente dançam juntos com uma elegância rara. Ao passear pelas suas ruas, respira-se a grandiosidade de um antigo império, onde catedrais góticas e palácios barrocos se erguem, narrando histórias. O rio Danúbio desliza suavemente, conferindo à cidade um ar sereno e contemplativo. Nos cafés históricos, entre colunas e lustres, ecoa o tilintar das chávenas, testemunhas de séculos de pensamento filosófico e da literatura que moldou o espírito europeu. Viena é uma sinfonia em forma de cidade, uma poesia viva onde o charme da velha Europa encontra a modernidade, e onde cada detalhe parece sussurrar que a beleza reside nas coisas perenes e cuidadas.
Hora de descansar, a madrugada seguinte seria palco de uma nova descoberta.


